sábado, 28 de outubro de 2017

O fim do freio a tambor nas motocicletas - Ao menos na roda dianteira

   Como um sistema que não existe mais nos carros já há bastante tempo, ainda persiste em existir nas motocicletas de baixa cilindrada?

O arcaico freio a tambor

   Pois é, infelizmente em meados do fim de 2017 ainda temos motos sendo vendidas com o velho sistema de freio. Mas isso está com os dias contados, ainda que devido a necessidade de uma lei para tal, mas chega em mais que boa hora.
   A existência desse superado sistema se deve ao fato de que tanto a indústria de motocicletas "empurra" goela a baixo o freio a tambor nos consumidores, bem como os próprios clientes acabam aceitando, em parte em troca de "pagar menos", mesmo sabendo das qualidades do freio a disco. E como nesse país, meio que as coisas (certas coisas) só funcionam na base da lei e de doer no bolso de alguém, enfim o sistema a tambor vai desaparecer.

Frenando errado!

   Acontece que muitos motociclistas tem a errônea impressão de que deve frear a motocicleta apenas com o freio traseiro e já quase parado usar o freio dianteiro, uns por desinformação, outros por receio de capotar com a moto, contudo a maneira correta de usar os freios, é usá-los ao mesmo tempo, tanto o traseiro, quanto o dianteiro, pois essa atitude reduz a distância de frenagem substancialmente em comparação a frear com apenas uma das rodas.

A imagem mostra essa diferença

O que a lei diz

   Se quiser conferir a resolução do Contran é só clicar aqui!
   Mas trocando em miúdos, entre 2016 e até 2019, as fabricantes ou importadoras deverão produzir ou importar motocicletas e afins com freio ABS, CBS ou ter ambos os sistemas nos veículos.

   A diferença no uso dos sistemas é a seguinte, para motocicletas até 300 cilindradas, deverá ter o sistema ABS ou CBS e para motos com 300 cilindradas ou mais, é obrigatório o sistema ABS.

ABS x CBS

   E qual a diferença entre os sistemas?

   No caso do ABS (Ant-block system), um sistema eletrônico impede que a roda trave em frenagens mais fortes ou quando a aderência se torna baixa, no caso de chuva o cascalho na pista, fazendo o freio trabalhar sempre no limite ideal de frenagem.

Sistema ABS

   Enquanto que no sistema CBS (Combined brake system), esse sistema funciona quando se aciona o pedal do freio traseiro, o sistema aciona os dois freios ao mesmo tempo.

Sistema CBS

Certo, e qual o melhor sistema???

   Por exigir freio a disco nas duas rodas e trabalhar sempre no limite entre frenagem ideal e evitar o travamento das rodas, o sistema ABS é mais eficiente que o CBS. Mas ter um dos dois na motocicleta já é melhor que ter um freio a tambor na roda dianteira.


Ainda sobre a resolução

   A resolução determina o seguinte:

A partir de 1º de janeiro de 2016, 10% das motocicletas produzidas ou importadas deverão possuir um dos sistemas, em 2017, 30%, 2018, 60% e em 2019 100% das motocicletas deverão estar obedecendo a resolução.

A Yamaha RD350 da primeira geração era muito potente, em contra-partida os freios a tambor eram muito fracos para domar tanta força, e não à toa ela ganhou a fama de "viúva negra".

 A versão seguinte corrigiu este problema, roda dianteira om dois disco ventilados e mais um disco ventilado na roda traseira

Considerações finais

   Seja por meio da força da lei ou pela deliberação própria das industrias, o certo é que enfim as coisas estão mudando e motos com esse sistema antigo de freio estão com os dias contados, essas mudanças trarão gradativamente uma maior consciência sobre segurança no trânsito. Poderiam ser incluídas aí a obrigatoriedade no uso de roupas adequadas, bem como calçados mais seguros para pilotagem.

   Não custa lembrar que a segurança do motociclista quem faz é ele mesmo. Acima de tudo, consciência no trânsito.

Até a próxima

Rabugento Cultura Custom

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Imagem do dia - Storm Trooper do nosso amigo Jeff

   Venho trazer para vocês o "Storm Trooper", o belo pré-70 do nosso amigo Jefferson, o Jeff, que mora em João Pessoa, lar de belíssimos carros.





O Jeff e o Storm fazem parte do "Old Friends Garage" (é só clicar no nome do grupo que seguirá para o link d facebook, da página do grupo), turma nota 10.

Até a próxima

Rabugento Cultura Custom 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O Chernobyl - O Rabugento se foi, mas as histórias continuam

   Depois de muito tempo sem postar nada e depois de mais tempo ainda da venda do Rabugento (sic!), enfim eu conto aqui essa história.

Ele se foi...

   Depois de quase 8 anos comigo, depois de muita estrada, muitos quilômetros rodados, muitas histórias adquiridas, eis que veio a necessidade de algo mais novo, a família crescendo demandava algo mais seguro e confiável (não que o Rabugento não fosse), então no fim de 2015 ele foi ofertado num site de vendas e assim ele partiu...

Última foto dele comigo

   e assim ele se foi, rumo a Caruaru...


Vídeo da partida

...essa parte sobre Caruaru é melhor deixar para lá, pois é meio nebulosa.

De Rabugento a Chernobyl 

   Como citei acima, entre a venda do Rabugento e ele se tornar o Chernobyl, houve um tempo nebuloso para ele, o carro ficou bem judiado, entedamos que certos "modimos" não combinam com algumas pessoas. Virando a página sobre esses problemas, calhou que em 2016 um cara cheio de tatuagens e com cara de mau (kkkkk) começou a curtir as postagens do Rabugento na funpage do facebook, então começo a conversar com o Sérgio (o cara com a cara de mau), fico sabendo que mesmo sem ter transferido os documentos do carro para seu nome, o "garoto" revendeu o Rabugento, por sorte o Sérgio entrou nesse "rolo" todo e de maneira responsável reergueu o ex-Rabugento, agora rebatizado de Chernobyl. Nome bem sugestivo, já que o Sérgio também curte a cultura Ratwagen.

Uma nova chance pro Rabug...Chernobyl

   Sérgio, ex-integrante do Abutres M.C., deixou de andar de moto devido a um problema no ombro e precisava de outra "máquina" motorizada, o "chamativo" anúncio de um fusca já meio que no estilo rat era a união das vontades, ter carro e com estilo próprio, mas o tempo nebuloso que falei deixou suas marcas no fusca, motor meio que batido, cabeçote da suspensão trincado, entre outros problemas que é melhor não falar.



 Segundo Sérgio, Argos, o filho dele, é o verdadeiro dono do Chernobyl, e ai de quem falar perto dele em vender o carro








...todo o assoalho foi refeito, muita funilaria foi necessária, além de retifica no motor, serviços na caixa de marcha, como eu disse, o carro estava judiado. Ele passou por um serviço completo, a carroceria foi desmontada e separada do chassi para que desta forma o carro se tornou confiável novamente.

Agora algumas melhorias e detalhes

 O Argos ajudando nos serviços

 Sempre tive a vontade de colocar calotas e pára-choques da década de 1960


 Considero a cereja do bolo, um amigo do Sérgio trabalhava na oficina da Harkey-Davidson de Recife, na área de pintura, deu um trato especial nas calotas, com direito a folhas de ouro. Um trabalho primoroso.



 Mais detalhes

 E os amigos dando aquele trato



 A alavanca alongada ajuda no problema do ombro

Mais um detalhe, a ponteira vinda de uma moto custom

   Como um bom rat deve ser, o projeto nunca pára, sempre tem algo algo mudando. 
   O Sérgio acabou se tornando um amigo, compartilhando comigo mais um pouco da história desse fusca que tenho muito carinho. O melhor é saber que está em boas mãos, sendo rat ou não, eu sei que o Chernobyl ainda tem muita história para vivenciar e mais história ainda para contar.

O Chernobyl como está!

   Tive o prazer de numa tarde ensolarada ser recebido na casa do Sérgio e junto com sua bela família poder tirar mais fotos do carro...







 Criatividade é tudo num rat até aquela velha frigideira pode virar a tampa do filtro de ar.

 Argos todo orgulhoso com o "seu" carro



 Os detalhes dourados das calotas

 Integrante com orgulho


 Um velho capô rende um bom sunvisor



 Para mim que passei tanto tempo ao lado dele, ele ainda me parece em boa forma



 Recado dado!

 A história está preservada nos adesivos e assim seguirá





 Chave tipo "mig" para os milhas


 Olha a marra do Sérgio, mas é gente boa demais







 A propósito, a barra de ferro segurada pelo Sérgio se chama "Direitos Humanos!" kkkkkk



 A bela família do Sérgio, Liliane (sua esposa) que muito em breve ganhará mais um ente querido, e o Argos, o "verdadeiro" dono do carro, família reunida ao lado do xodó

O antigo dono e os atuais, seja Rabugento ou Chernobyl, criando histórias, reunindo amigos, quem tem um antigo sabe do que falo, o carro se torna um canalizador de histórias e boas amizades.

Até a próxima!

Rabugento Cultura Custom